quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ética Hacker

Depois de algum tempo encontrei este texto dando uma breve descrição do assunto, uma vez que este é de ampla complexidade.
Segue uma descrição de ética e seguida o texto. Lembrando que este é uma compilação de idéias e que as referências estão na rede e que não possuo as referências originais, infelizmente.

Segue:

Ética:
A palavra Ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.

Referencia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ética


Ética Hacker
O código de ética hacker, apesar de não estar escrito, existe. Esse código,
"socializador, de abertura e descentralização", foi compilado dentro do MIT por volta dos anos 60, recebendo a influência tipicamente libertária da época. Basicamente são seis os vetores principais:
1.O acesso à Internet e aos computadores deve ser ilimitado e completo. A alfabetização tecnológica do povo é o caminho para o conhecimento e o conhecimento é a chave para a libertação.
2.Toda informação, sem exceção, deve estar disponível para todos. A divisão da informação é um bem potente para o crescimento da democracia e contra o controle político da elite tecnocrata. O dever ético do hacker é a repartição de seu saber com o resto da comunicade apartada da sociedade. O copyright é um conceito superado.
3.Furtos, destruição de privacidade, vandalismo e dano a sistemas da informação, ferem a ética hacker. Invadir sistemas com o intuito de explorar e se divertir é éticamente correto.
4.Questionar as autoridades. Promover a descentralização. A burocracia industrial, governamental e universitária, é inconciliável com o espírito de pesquisa construtiva e inovadora do hacker. A utopia hacker é "levar o computador às massas"
5.O hacker deve ser julgado pelos seus atos e não por critérios de qualificação, etnia, gênero ou status social.
6.Com um computador se cria arte. Ele é a extensão ilimitada da própria imaginação pessoal.
O computador e a Internet são as novas armas de transformação e construção da realidade. E o dever do hacker é evitar que eles se tornem instrumentos de opressão.

Da Filosofia ao Social
Em alguns sites invadidos aqui e acolá, algum haker rememorou Nietzsche, filósofo existencialista que convulsionou a Europa do século XIX.
Em sua crítica voraz à civilização, o conservadorismo e a procedência dos “valores absolutos” implantados na sociedade da época.
A mente do hacker também passeia pelos campos explosivos do filósofo. Ele é um pesquisador por natureza. Almeja o ápice de suas capacidades para depois transcender esse ponto. Luta pelo conhecimento, pela informação. A liberdade em todos os seus vastos sentidos é seu principal objetivo.
A amplitude do conceito hacker não se restringe à tecnologia, alastra-se para qualquer atividade que envolva o intelecto. Nietzsche, por exemplo, foi um hacker da filosofia, assim como há hackers da música, das artes plásticas e da engenharia.
Na área de softwares computacionais, o conceito aplica-se a especialistas de segurança, programadores que criam aplicativos de livre distribuição, estudantes, beta-testers.
Segundo Eric Raymond, um dos maiores doutrinadores desse universo, o hacker é caracterizado pela inquietação intelectual; pelo desejo incansável de solucionar problemas, moldando sua perícia e exercitando a inteligência; pela voluntariedade em difundir conhecimento; pelo ideal de justiça; e pelo repúdio a qualquer forma de autoritarismo.
Temos visto equívocos terríveis na conceituação do hacker. O hacker direciona o seu potencial para construir, e em hipótese atípicas usa seus dons de forma abusiva. Já o cracker produz ataques lesivos às suas vítimas, na maioria dos casos, uma vez que até mesmo o termo cracker ainda divide opiniões.

Organização Social:
A comunidade hacker é um grupo social, conforme a definição clássica: “uma coletividade identificável, estruturada, contínua, de pessoas sociais que desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas normas, interesses, valores, para a consecução de objetivos comuns” (Fichter, 1969).
Originalmente, o hacker interage com os demais dentro de uma estrutura anarquista, sem liderança forte ou padrão rígido a seguir. Geralmente, associam-se em pequenos grupos, que trocam informaçòes entre si, mas que agem isolados. Dentro desse grupo menor, há um líder, mas como organizador apenas, senão violaria as premissas de descentralização e antiautoritarismo.
A finalidade é sempre desbravar novos horizontes, mesmo que o objetivo principal seja a infiltração de valores novos para a sociedade, a contra-cultura.
A contra-cultura cerca a cultura vigente através de uma rede especial de comunicação, rituais, práticas comportamentais peculiares, formas de expressão e representação.

Um comentário:

Itamar Rodrigues disse...

engraçado, tu é um descrente do ser humano e posta um artigo sobre Ética... na realidade você é o paradoxo do paradoxo meu brother. E não use o santo nome de Nietszche em vão!!!!!!!!!!!!!